Você sabe quando deve buscar atendimento emergencial?
Alguns sintomas comuns como dores e febre são alertas do organismo e podem estar relacionados a diversos problemas de saúde. Nem sempre estes sintomas são motivos para atendimento emergencial, porém em alguns casos é necessário.
Veja alguns exemplos e lembre-se, procure sempre a orientação médica!
Tosse
A tosse pode estar relacionada a várias doenças, sendo a maioria sem muita gravidade como:
- gripes e resfriados;
- asma e bronquite;
- faringites e sinusites;
- efeitos colaterais de medicações
Nessas situações os sintomas podem ser controlados com hidratação e boa alimentação.
Busque atendimento emergencial quando a tosse:
- persistir por mais de 3 semanas;
- estiver acompanhada de secreção abundante e de coloração amarelada, esverdeada ou com sangue;
- apresentar também febre com duração maior que dois a três dias;
- acompanhar falta de ar ou dor no tórax ao respirar.
Coriza (secreção nasal)
Assim como a tosse costuma também estar relacionada a problemas simples como:
- viroses respiratórias (resfriados e gripes)
- sinusites
- alergias
- outras doenças do nariz e cavidades paranasais.
Busque atendimento emergencial quando a coriza:
- É persistente e se torna amarelada, esverdeada ou com sangue;
- esta associada à dor intensa na face ou de cabeça;
- está associada à febre alta;
- apresenta duração maior que quatro semanas
Febre
É considerado febre quando a temperatura do corpo está maior do que 37 – 38ºC.
A medição da temperatura é feita pela axila por 3 a 5 minutos. Pode ser provocada por: infecção viral ou bacteriana, excesso de agasalho, desidratação etc.
Geralmente acompanha outros sintomas como: fraqueza, sensação de frio, mal estar, dor de cabeça, falta de apetite e dor muscular. A febre pode ser tratada com medicamentos como dipirona, paracetamol ou ibuprofeno, que vão agir no cérebro, abaixando a temperatura do corpo.
Para alívio dos sintomas utilize medicações antitérmicas e beba bastante líquido.
Atendimento emergencial – Crianças
- Recém nascidos ou crianças até 3 meses de vida – febre de 37,8ºC ou mais;
- Crianças de 3 meses a 3 anos de idade – febre de 39°C;
- criança que mesmo quando abaixa a febre com uso de medicação continua quietinha, não brinca, fica muito chorosa, tem respiração rápida ou fica gemente;
- presença de dor de cabeça e vômitos, mesmo quando a temperatura abaixou com o efeito de medicação;
- manchas arroxeadas pelo corpo
- tremores em todo o corpo junto com pele arrepiada, boca e dedos das mãos e dos pés arroxeados.
- criança que tem doença crônica como diabetes, fibrose cística, anemia falciforme, câncer entre outros
- febre com mais de 3 dias de duração
Dor abdominal
A dor abdominal é um sintoma muito frequente e pode acometer qualquer pessoa, variando entre leves até muito intensas, contínuas ou intermitentes.
São muitas causas possíveis, desde dores provocadas por cólicas intestinais ou mesmo uma distensão muscular (que não são graves) até as condições que requerem atenção médica imediata.
Muitas vezes, a localização da dor abdominal pode fornecer uma pista importante para a identificação de sua causa. Em outros momentos, a dor abdominal pode ter causas menos óbvias, mesmo durante um atendimento hospitalar, exigindo investigação para o diagnóstico.
Procure atenção médica imediata se a dor abdominal for muito intensa ou se:
- Tiver sido provocada ou estiver associada à ocorrência de um trauma, como um acidente ou uma lesão local direta;
- Estiver acompanhada por dor ou pressão no peito, falta de ar, mal estar intenso, “suores frios”, sensação de desmaio, rebaixamento ou perda da consciência;
- A dor é tão intensa que você não pode se mover ou tocar o abdome sem causar piora, ou se você não pode ficar parado ou encontrar uma posição confortável;
- A dor é acompanhada por outros sinais e sintomas preocupantes, tais como febre alta, calafrios, diarreia com sangue, náuseas e vômitos persistentes com desidratação, icterícia (pele e olhos amarelos), ou grande aumento do volume do abdome.
Mesmo não apresentando os sintomas graves, agende uma consulta com seu médico se a dor não tiver causa conhecida, durar mais do que alguns dias ou mudar de características ou de intensidade.
- DICA: Até ter um diagnóstico, evite esforços físicos intensos, coma alimentos leves em refeições pequenas e com intervalos curtos e evite tomar analgésicos com ação anti-inflamatória, que irritar o estômago, podendo piorar a dor.
Dor lombar ou nas costas
Cerca de 70% da população sofrerá com dor nas costas em algum momento da vida. Desses, muitos irão se tornar crônicos – a grande maioria após os 50 anos de idade e sem uma lesão específica.
As dores são provocadas por um longo período de sobrecarga sobre as estruturas da coluna vertebral e é decorrente da má postura, excesso de peso e atrofia muscular. Nesses casos a dor tende a piorar com os movimentos, como abaixar ou girar o tórax, esforço físico e é aliviada pelo repouso e aplicação de calor no local.
Procure um ortopedista para avaliação do sintoma.
Busque atendimento emergencial quando a dor:
- é aguda e de forte intensidade e a pessoa não consegue controlar a dor com medicações orais em casa;
- irradia para as nádegas ou pernas devido a compressão de raiz nervosa (ciático);
- apresenta dormência ou perda de força;
- inicia de forma mais lenta, progressiva, tendo em muitos casos a ardência e o desconforto; urinário como precedentes;
- apresenta grande intensidade e cólica – podendo irradiar para o abdômen e genitália – associada a suor frio e vômitos. São características de infecção e cálculos renais, que produzem uma dor súbita que, pelo efeito da cólica, apresenta um intervalo de alívio entre um episódio e outro da dor.